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martedì 10 gennaio 2017

O medo da soberba

Ontem nas margens do Veredinha
falava com Guto da hospitalidade
aquela que as igrejas evangélicas fazem
nas nossas cidades.
Se houvesse uma completa igualdade
não haveria um espaço de acolhida
em que pudesse a hospitalidade se exercer.
E ele me disse: como assim.
pensemos em um exemplo.
Se houvesse igualdade material
todos os que chegassem em Brazlândia
teriam já casa e comida
(cada um tem seu tempo
e o tempo é alguma coisa que é sempre
diferente. Por isso não pensamos
senão em uma igualdade material, e
acreditamos que entendemos o que estamos
dizendo.)
Pois bem, ele retrucou, eu moro no 301
e você no 101, quando você chega na minha casa
você já precisa de um copo d'água.
Mas se a igualdade material for completa
todos sempre vão ter água para beber,
na mesma quantidade,
na mesma condição.
Ah sim, tudo isso é uma fantasia
para entender o acolhimento.
Mas quem vai prover tudo isso
- sim um grande provedor.

Hoje então sonhei: quem seria esse
grande provedor? Uma estrutura burocrática?
Sim, já há funcionários e muitos deles.
Mas não podem fazer isso com perfeição,
isso nunca é perfeito.
Quem disse esses últimos versos?
E no meu sonho apareceu a cara do arquiteto
mouro de Andaluz
que construía pequenas imperfeicões
porque a perfeição é um pecado
de soberba.

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